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Flamengo é tri da Libertadores com futebol bem decepcionante


Flamengo é tri da Libertadores com futebol bem decepcionante

Ficou constatado que estamos muito longe da qualidade do futebol europeu que, pelo visto, vai levantar mais uma taça, na Copa do Catar, no final do ano. 

O resultado até foi justo para o Mengão, mas o futebol exibido pelos dois times não me agradou. O Flamengo não foi bem e o Furacão teve medo

Categorias: Colunas

Por: SÉRGIO CARVALHO – –, 01/11/2022

Gabigol fez gol do título do Flamengo. Foto: Marcelo Cortes – CRF

 

São Paulo, SP, 1 – Mengão é Tri. Assisti a grande final da Copa Libertadores na tarde/noite do último sábado, mas não gostei do jogo entre Flamengo e Athletico-PR em Guaiaquil, Equador. O resultado até foi justo para o Mengão, mas o futebol exibido pelos dois times não me agradou. Poucas jogadas de qualidade, muita preocupação em não tomar gols e futebol de segunda categoria. A verdade é que os dois times brasileiros não justificaram suas classificações e deixaram público e telespectadores decepcionados com o que viram. GABIGOL DECISIVOO Flamengo chegou ao tricampeonato e o Athletico adiou por mais algum tempo a conquista de seu primeiro título nesta competição. Para variar, o gol do jogo foi marcado por Gabigol que, mais uma vez, provou ser jogador de decisões.

Durante a partida, o Athletico jogou com medo, agrediu pouco e ainda perdeu um jogador por expulsão (Pedro Henrique) no final do primeiro tempo. O jogo foi decepcionante, o que vem provar o baixo nível do futebol sul-americano neste momento. Ficou constatado que estamos muito longe da qualidade do futebol europeu que, pelo visto, vai levantar mais uma taça, na Copa  do Catar, no final deste ano. 

Flamengo com Bolsonaro. Foto: Divulgação AsCom Bolsonaro

FLAMENGO NÃO TÁ BEMVi os últimos dois jogos decisivos do Flamengo, time mais badalado no Brasil atualmente. Na final da Copa do Brasil contra o Corinthians, o Flamengo sofreu para levantar a taça. Só no final, depois de dois jogos e numa longa decisão nos pênaltis, o Mengão sagrou-se campeão. TTambém no último sábado, diante de um Athletico que lhe é muito inferior, o rubro negro carioca voltou a jogar mal e, não fosse uma expulsão motivada por uma possível falta de Pedro Henrique perto da grande área athleticana (eu achei que não foi) e o Flamengo talvez não fizesse nenhum gol e voltasse a disputar o título nos penais. São provas de que aquele Flamengo cantado em prosa e verso pela imprensa esportiva brasileira, já não existe mais. Seu futebol envolvente e de muitos gols, desapareceu. O que vai exigir mudanças radicais no esquema tático do time e a contratação de alguns reforços pontuais, para que, em 2023, o clube volte a brigar por títulos importantes. Se essas mudanças não forem feitas, no entanto, o Flamengo terá sérias dificuldades para chegar às fases decisivas dos torneios que for disputar no ano que vem. Sem nenhum exagero de nossa parte.

OS MELHORES E PIORES

Numa análise criteriosa da produção dos jogadores de Flamengo e Athletico no jogo de sábado passado, diríamos que os dois goleiros foram muito bem. Tanto Santos, do Flamengo, como Bento, do Athletico. Na defesa, David Luiz foi o xerife e o comandante do setor. Excelente exibição. Do lado athleticano, destaque para Thiago Heleno. Nas laterais, o pior foi Felipe Luiz, do Flamengo. Ele deixou o gramado antes do tempo, por contusão, mas enquanto esteve em campo, não brilhou. Dos laterais do Furacão, o esquerdo, Abner, foi o melhor. No meio campo Thiago Maia e João Gomes só marcaram bem. No apoio, decepcionaram. Fernandinho, foi o melhor do setor no Athlético. No meio campo o melhor de todos no Flamengo,foi Everton Ribeiro que está em fase excepcional. Arrascaeta até teve lampejos. No ataque, pior em campo foi Pablo, do Athletico. Atuação medíocre. O melhor de todos foi Gabigol, do Flamengo, que além do gol fez outras ótimas jogadas não aproveitadas por seus companheiros. 

PÚBLICO FRACOComo aconteceu na final da Sul-Americana, a final da Libertadores também não conseguiu superlotar o estádio em que o jogo foi disputado. Ficou provado que, hoje em dia, não dá para fazer como na Europa, onde as finais são previamente definidas em datas e locais escolhidos pela UEFA. Lá as viagens são muito mais curtas e os torcedores têm fácil acesso a cidade onde o jogo final será disputado. Na América do Sul, ao contrário, as distâncias são muito maiores, o preço das passagens de avião estão fora da realidade e as torcidas dos finalistas não têm recursos para comparecer. Melhor a Conmebol reestudar logo este problema e tentar um plano B que evite novas decepções de presença de público nas próximas finais. Sei que a Conmebol quer imitar a UEFA e programar apenas um jogo final numa cidade importante de um dos países participantes. DUAS FINAISMas está provado que isso nesta região do planeta não é possível. Então vamos programar duas partidas finais como antigamente, com o clube de melhor campanha podendo mandar o jogo decisivo em sua casa. Do jeito que estão fazendo vai continuar a não dar certo. É mudar ou mudar. Quanto antes melhor.

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