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Marcelo Adnet diz que revelar abusos sexuais ajudou a curar trauma – POA SHOW

Para Marcelo Adnet, de 40 anos, falar sobre os abusos sexuais que sofreu na infância ajudou na cura da dor causada pelos traumas. O humorista comentou a questão em entrevista ao Extra.

Adnet afirmou que é importante abordar o assunto para encorajar outras pessoas a fazerem o mesmo, .

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“Quando ninguém debate, vira um tabu, uma sombra, parece que o assunto não existe. É preciso coragem para falar. Ninguém é obrigado a vir a público. Pode ser doloroso demais. Mas quem tiver força, deve falar por para conscientizar”, disse o comediante.

Segundo ele, foi por essa razão que ele revelou as violências sofridas. Além disso, se abriu sobre o assunto como parte do processo de superação.

[Falei] também por um motivo pessoal, que é expurgar algo traumático. Botar para fora faz parte da superação. É quase um ponto final. ‘Aconteceu isso e posso falar sobre porque não me machuca nem me vitimiza’. É parte da minha história também. Tem uma coisa de indivíduo, de fazer as pazes com aquilo no sentido de ‘joga pro vento, passou, já era’. Se ficar só guardado dentro da gente, é pior. Marcelo Adnet

Entrevista em 2020

Em abril de 2020, . Ele revelou que foi abusado sexualmente duas vezes na infância, aos 7 e 11 anos.

“Na primeira, nem sabia o que era sexo. O caseiro do lugar onde eu passava as férias começou a se aproximar de mim e pedir favores”, afirmou.

Segundo ele, o abuso aconteceu um dia em que ele e o caseiro ficaram sozinhos. “Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira”, disse. Adnet afirmou que o caseiro o chantageava dizendo que mataria seu cachorro caso contasse algo para alguém.

O segundo abuso, de acordo com o humorista, foi praticado por um amigo mais velho da família. “Ele não chegou a consumar o ato, como o caseiro, mas me beijou e passou a mão no meu corpo. Foram dois episódios difíceis”, declarou.

Ele contou também que só conseguiu se abrir sobre o assunto após a morte do amigo da família, em meados de 2010. Após fazer análise, ele consegue falar sobre os abusos: “O constrangimento não é meu, e sim de quem me abusou.”

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