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Nem todos reservas da Ponte Preta merecem chance no time


Nem todos reservas da Ponte Preta merecem chance no time

Neste ‘enredo’ há um porém: não dá para escalar o quarto-zagueiro Thiago Oliveira e Dudu, por motivos óbvios.

Plenamente válida a postura do treinador Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, ao optar por formação exclusivamente com reservas contra o Comercial

Categorias: Colunas

Por: ARIOVALDO IZAC – –, 04/03/2023

Bafo e Macaca fizeram partida muito equilibrada. Foto: Barbara Pires – Comercial FC.

Campinas SP, 4 (AFI) – Plenamente válida a postura do treinador Hélio dos Anjos, da Ponte Preta, ao optar por formação exclusivamente com reservas para enfrentar o Comercial, na tarde deste sábado, em Ribeirão Preto, preservando-se titulares para jogo da Copa do Brasil.

Só que neste ‘enredo’ há um porém: não dá para escalar o quarto-zagueiro Thiago Oliveira e Dudu, por motivos óbvios.

Deste empate por 1 a 1, no Estádio Francisco Palma Travassos, o Comercial só teve uma oportunidade clara de gol e foi convertida pelo centroavante Wendel, que finalizou no canto esquerdo do goleiro Pedrão, da Ponte Preta, aos 16 minutos do segundo tempo.

Na origem da jogada, enquanto o zagueiro pontepretano Edson corretamente aguardava eventual possibilidade de cobertura pelo lado direito de sua defesa, seu companheiro de zaga, Thiago Oliveira, ficou marcando a própria sombra e se descuidou de Wendel, que avançou livre para completar a jogada, o que ratifica não ser confiável até quando são utilizados jogadores reservas.

Quanto a Dudu, não é de hoje que não ganha uma jogada sequer de defensores adversários.

GUI PIRA

Por mais oscilante que seja o atacante Gui Pira, pelo lado esquerdo do ataque, de vez em quando sai alguma jogada.

E neste sábado, ao substituir Dudu a partir dos 15 minutos do segundo tempo, fez jogada de velocidade, deixou dois adversários para trás, aos 50 minutos, e realizou cruzamento rasteiro.

Aí o centroavante Jeferson Jeh apenas ajeitou para o meia Matheus Jesus, que em batida ‘chapada’ na bola, com a canhota, a colocou no canto e marcou o gol de empate.

Com a percepção que a Ponte perderia um jogo fácil, caso não recorresse a titulares, Dos Anjos colocou em campo Matheus Jesus e Jeh aos 21 minutos do segundo tempo, e o gol de empate até poderia ter saído aos 45 minutos se Jesus, de forma inacreditável, não cabeceasse a bola para fora, em lance que até se abaixou para buscar melhor posicionamento.

FRACO COMERCIAL

É intrigante como o Comercial consegue montar uma equipe fraca para disputar esta Série A2 do Paulista.

Pois a ‘reservada’ da Ponte Preta dominou integralmente a partida durante o primeiro tempo, porém sem capacidade de infiltração na defesa adversária.

Na única jogada ofensiva de lucidez dos pontepretanos, inteligentemente Júnior Tavares – atuando como meia – enfiou bola para o centroavante Eliel, que cara a cara com o goleiro Jeferson Souza, aos 23 minutos daquele período, conseguiu chutar pra fora.

AMBULÂNCIA

Aos 37 minutos, um choque de cabeça entre Eliel e o zagueiro Hylário, o comercialino levou a pior e teve que ser transportado de ambulância a hospital de Ribeirão Preto, ocasião em que jogo ficou paralisado por cerca de 20 minutos. Este tempo foi aguardado para o retorno da viatura, de um primeiro tempo com o time pontepretano bem compactado e chegando com frequência até às proximidades da área adversária, enquanto o time mandante, espaçado em campo, sequer conseguia aproximação da meta visitante.

Embora o Comercial tomasse mais iniciativa ofensiva no início do segundo tempo, tratou de se resguardar quando chegou ao gol. E para se encorpar em campo, o time pontepretano teve que ser mexido, com êxito no final.

COPA DO BRASIL

Válido o posicionamento de Dos Anjos de preservar titulares, visto que já na terça-feira a Ponte Preta corre em busca de classificação à terceira fase da Copa do Brasil, ao enfrentar o Brasil em Pelotas, interior gaúcho.

Aí, com a Ponte contando com a sua força máxima e projetando manutenção da instabilidade do Brasil, registrada na competição regional, as chances de se obter sucesso na empreitada são claras.

Foi válido, igualmente, a amostragem de alguns pratas da casa, que tendem a crescer entre os profissionais.

O zagueiro Edson, por exemplo, mostrou confiança na saída de bola valorizada, enquanto os meio-campistas Feliphinho e Maurício começam a se ambientar na equipe.

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