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ESPECIAL INTERNACIONAIS: Real Madrid surfa na dupla "Vinzema"


ESPECIAL INTERNACIONAIS: Real Madrid surfa na dupla “Vinzema”

Relembre os principais campeonatos do futebol europeu em 2022

Real Madrid levou a Liga dos Campeões e o Espanhol, o Milan venceu na Itália, Bayern dominou na Alemanha, City na Inglaterra, PSG na França e mais

Categorias: Futebol Mundo

Por: Eduardo Tolentino, 01/01/2023

Benzema e Vini Jr. encontraram sintonia perfeita em 2022 (Foto: Pedro Castillo)

Campinas, SP, 01 (AFI) – Neste fim de ano, o Portal Futebol Interior relembra como foram os principais campeonatos internacionais em 2022. O Real Madrid foi campeão espanhol e da Liga dos Campeões, o Frankfurt levou a Liga Europa, Manchester City faturou o inglês, Bayern de Munique manteve a hegemonia na Alemanha, o Ajax de Antony foi campeão na Holanda, o Milan encerrou o jejum na Itália e levou a Calcio A, além do título do PSG no Francês.

LIGA DOS CAMPEÕES

Na Liga dos Campeões da Europa, o Real Madrid Club de Fútbol aumentou a distância para o segundo maior campeão, chegando a 14 títulos. Atrás dos merengues na lista, está o Milan, com apenas sete (metade do Real).

Fotos: Divulgação

Aos trancos e barrancos, calando quem duvidava e vencendo, muitas vezes, no peso da camisa, as decisivas atuações de Karim Benzema, que lhe renderam o prêmio Ballon d’Or, da revista France Football, levaram o time ao topo outra vez. Porém, o francês não estava sozinho e contou com a parceria de Vinícius Júnior, que também fez a melhor temporada de sua vida.

Inclusive, anteriormente, os dois chegaram a protagonizar um episódio muito repercutido em todo o mundo, quando o brasileiro fazia uma partida ruim, e as câmeras flagraram Benzema conversando em francês com o lateral Mendy, pedindo para que não passasse a bola ao garoto, pois ele estava “jogando contra”. Hoje, com ambos em grande fase, o que se vê é uma grande amizade fora e, principalmente, dentro de campo.

Abastecendo os atacantes, o lendário trio de meio-campistas composto por Casemiro, Toni Kroos e Luka Modric, fez mais uma grande temporada. Outro que foi fundamental para o título foi o goleiro Thibaut Courtois, eleito melhor jogador da final contra o Liverpool, que fez brilhantes defesas ao longo da competição.

AMULETOS

Engana-se quem pensa que acabou, porque duas peças carimbaram sua relevância no time de Carlo Ancelotti: Rodrygo e Federico Valverde. O “Rayo”, como é chamado o atacante brasileiro, anotou gols importantíssimos em momentos que o Real Madrid se encontrava em situações complicadíssimas.

O primeiro foi contra o Chelsea, nas quartas de final, quando ele saiu do banco de reservas para empatar o duelo, levando para a prorrogação. E o outro, considerado por muitos o maior gol do torneio, foi o segundo dele diante do Manchester City, nos acréscimos, que levou aquela semifinal para a prorrogação. No tempo adicional, Benzema marcou de pênalti e garantiu a classificação.

Enquanto isso, o polivalente Valverde, que atuou em diversas posições, também mostrou sua importância, elevando consideravelmente o seu patamar no futebol. Inclusive, foi o autor da assistência para o gol de Vinícius na final.

DESTAQUES

Além dos campeões, muitos outros merecem destaque. O poderoso Paris Saint-Germain, incialmente apontado como grande favorito ao título pelas luxuosas contratações, foi mais uma vítima de Benzema. Após uma vitória por 1 a 0 no jogo de ida, em Paris, com gol marcado por Mbappé, os franceses foram ao Santiago Bernabéu. Aos 39 minutos, Neymar serviu Mbappé, que marcou outra vez, abrindo dois a zero no placar agregado.

Primeira temporada do trio “MNM” no PSG decepcionou torcedores (Foto: Divulgação)

Porém, o time de Mauricio Pochettino não contava com uma avalanche do camisa 9. Foram três gols em 17 minutos do artilheiro que colocaram o Real nas quartas de final.

A grande surpresa positiva foi o Villareal, que eliminou o Bayern de Munique e chegou às semifinais da competição. Diante do Liverpool, por muito pouco não avançou para a decisão, e saiu aplaudido pela campanha histórica. Os comandados de Unai Emery haviam sido campeões da Liga Europa na temporada passada.

ESPANHOL

No Campeonato Espanhol, a história da Liga dos Campeões se repetiu, e a dupla “Vinzema” mostrou um poder de decisão altíssimo. O francês foi o artilheiro do campeonato, com 27 gols, e Vini foi o vice, com 17. Com 13 pontos na frente do Barcelona (vice), o Real Madrid conquistou o 35º título espanhol.

Mesmo com a medalha de prata, os catalães também tiveram o que comemorar. Com o retorno de Xavi, mas como treinador, apesar das questões financeiras, o time resgatou sua identidade de jogo. A “forma Barcelona” de jogar estava de volta, com o coletivo muito forte, e o surgimento dos garotos Pedri e Gavi. Dembelé finalmente conseguiu provar o seu valor, terminando o campeonato como maior assistente (13). Logo atrás, o impressionante Benzema distribuiu 12.

Os rebaixados para a segunda divisão foram: Granada, Levante e Alavés.

INGLÊS

Na “Premier League”, o Manchester City de Pep Guardiola foi novamente o campeão. Porém, engana-se quem pensa que foi com folga. Apenas um ponto na frente do Liverpool, o campeonato foi decidido na última rodada. O City só dependia dele, e precisava vencer o Aston Villa no Etihad Stadium para levantar o “caneco”.

Todavia, os comandados de Steven Gerrard estavam dispostos a “jogar água no chope” dos mandantes. Aos 37 minutos, o polonês Cash abriu o marcador, para a alegria dos torcedores em Anfield, que viam seu time bater o Wolves e, até então, levar o primeiro lugar. Para piorar a situação de Pep, Philippe Coutinho, ex-jogador do Liverpool, ampliou para o Villa com um belíssimo gol. O Manchester City precisava de três gols, ou o fracasso seria gigantesco.

Então, aconteceu o intervalo de seis minutos mais lendário da história do clube. Do minuto 76 ao 82, os “Citizens” conseguiram uma virada heroica. Primeiro, Gundogan diminuiu. Rodri empatou logo na sequência. Por fim, outra vez Gundogan marcou e evitou que o troféu fosse levado a Liverpool.

Na última rodada, o Manchester City conquistou a Premier League 2021-22 (Foto: Divulgação)

O melhor jogador do campeonato não poderia ser outro, se não Mohamed Salah. Artilheiro e maior assistente, o egípcio viveu uma das melhores temporadas de sua vida, apesar do segundo lugar. Alisson, goleiro titular da seleção brasileira, foi o menos vazado, com 24 gols sofridos.

ITALIANO

Na Itália, o Milan quebrou um jejum de 11 anos sem gritar “é campeão”. A disputa pela taça atiçou a rivalidade em Milão, com a Internazionale perseguindo os “rossoneros”, mas vacilou nos momentos finais. O time de Stefano Pioli se mostrou regular, e venceu as últimas seis partidas. Olivier Giroud anotou gols decisivos, Kalulu resolveu o problema defesa, Maignan foi o goleiro menos vazado e Rafael Leão fez um grande campeonato.

O Milan foi campeão italiano depois de onze anos (Foto: Divulgação)

Na artilharia, Ciro Immobile, da Lazio, marcou incríveis 27 gols em 31 jogos. Na sequência, o sérvio Vlahovic marcou 24, e o argentino Lautaro Martínez completa o pódio com 21. Domenico Berardi, do Sassuolo, foi o maior assistente.

ALEMÃO

Na Alemanha, o Bayern de Munique alcançou a marca de dez títulos consecutivos. Com oito pontos na frente do rival Borussia Dortmund, os bávaros foram outra vez campeões com mais uma temporada brilhante de Robert Lewandowski. Foram 35 gols marcados em 34 partidas. Atrás dele, ficaram Patrik Shick, com 24, e o norueguês Erling Haaland, com 22. Thomas Muller foi o maior assistente, com 18.

Na boa campanha do RB Leipzig, classificado para a Liga dos Campeões, o francês Christopher Nkunku elevou seu patamar no futebol. Foram 20 gols e 13 assistências em 34 partidas.

FRANCÊS

Apesar da decepção, o Paris Saint-Germain levou o título da “Ligue One” com facilidade. Foram 15 pontos na frente do Olympique Marseille, segundo colocado. Insatisfeitos com a campanha na Liga dos Campeões, os “ultras”, como são chamados os torcedores fanáticos, protestaram fortemente e nem se importaram com a taça conquistada.

Segundo eles, os craques do time são acomodados, e não se importam com o clube de verdade. Um dos mais criticados foi o camisa dez da seleção brasileira, Neymar Jr, que viveu a pior temporada da carreira desde que chegou a Europa. A expectativa criada com a chegada de Sergio Ramos, Donnarumma, Wijnaldum e, principalmente, Lionel Messi, foi frustrada.

O zagueiro multicampeão pelo Madrid mal conseguiu jogar, sofrendo com constantes lesões. O goleiro, que chegou após uma Eurocopa brilhante com a Itália, da qual foi campeão e melhor jogador, dividiu espaço com Keylor Navas e falhou na eliminação para o Real.

O argentino eleito sete vezes melhor jogador do mundo deixou o Barcelona após muitos anos, impactando todo o público do futebol. Porém, a verdade é que sua temporada também foi a mais discreta de sua carreira em clubes (lembrando que, pela seleção, foi o oposto). Ainda assim, anotou 14 assistências no campeonato.

O único que “se salvou” foi o jovem Kyllian Mbappé, melhor jogador, artilheiro (28 gols) e maior assistente (17). O atacante Ben Yedder, do Mônaco, que terminou em terceiro lugar, também fez boa temporada, com 25 gols marcados.

OUTROS CAMPEONATOS

No Campeonato Holandês, o Ajax foi o grande campeão. Além do brasileiro Antony, que fez sua melhor temporada na carreira, o centroavante franco-marfinense Sébastien Haller foi o artilheiro, com 21 gols. Na primeira fase da Liga dos Campeões, também esteve no topo do ranking. O sérvio Tadic foi o maior assistente, com 19. Um jogador que merece destaque é o atacante Cody Gakpo, de 23 anos, que anotou 12 gols e 12 assistências.

A estatística mais impressionante vai para o goleiro Pasveer, do Ajax, que sofreu apenas quatro gols em 20 partidas disputadas.

Em Portugal, o Futebol Clube do Porto levou a melhor. Seis pontos na frente do Sporting, contou com os gols do iraniano Taremi e com as assistências de Fábio Vieira. Vale destacar a boa temporada do uruguaio Darwin Núñez, pelo Benfica, que terminou o campeonato como artilheiro, anotando 26 gols.

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