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Goiás faz parcerias para formação acadêmica de jovens da base


Goiás faz parcerias para formação acadêmica de jovens da base

Clube fecha com Sesi e Fundação Justus para disponibilizar aulas, cursos e atividades

O Goiás firmou parcerias com o Sesi e a Fundação Justus, visando conciliar a formação esportiva com a acadêmica de seus atletas

Categorias: Futebol Base

Por: Agência Estado, 27/10/2022

Goiás fecha parceria para formação acadêmica de jovens (Foto: Divulgação)

Goiânia, GO, 27 – O objetivo de revelar novas promessas para o futebol brasileiro caminha com uma formação acadêmica no Goiás. O clube firmou parcerias com o Sesi e a Fundação Justus, ambas entidades educacionais, para colocar à disposição dos atletas das categorias de base diversas opções de aulas, cursos e atividades profissionalizantes.

A ideia da diretoria é enfatizar a filosofia de que educação acadêmica e esportiva devem andar juntas. É o que explica o diretor das categorias de base do clube, Eduardo Pinheiro. “A vida de jogador de futebol é muito glamourizada, mas, na realidade, as coisas são diferentes. A verdade é que uma pequena porcentagem dos jovens de base consegue alcançar o objetivo de ser profissional e viver disso”, afirmou. “Temos de ter responsabilidade com os atletas que estão no nosso clube e vejo como nosso dever permitir que eles tenham outra opção de vida além do futebol.”

Cursando o quarto período de Educação Física, o zagueiro João Vitor, da equipe sub-20, é um dos atletas que têm se utilizado das parcerias para seguir adiante com os estudos. “Meu curso é semipresencial, assisto aulas e faço atividade dentro da plataforma online, direto do meu computador. Isso ajuda demais a garantir frequência nas aulas mesmo com o dia a dia apertado dos treinamentos, jogos e viagens”, contou. “Temos uma sala de estudos aqui no CT, espaço reservado para a gente receber os auxílios que o clube oferece e focar no nosso curso.”

A opção por seguir nos estudos foi do próprio jogador. Porém, como conta João Vitor, ter todo o apoio do Goiás e dos profissionais da agremiação permitiu com que essa vontade se concretizasse. “Tinha acabado de me formar no Ensino Médio quando decidi focar realmente no futebol. Mas, deixar de estudar nunca foi uma opção. Por isso, optei em seguir com a faculdade e escolher Educação Física por ter afinidade. O Goiás me ajudou a conseguir uma bolsa de estudos e ter essa flexibilidade nos horários. Meu sonho é ser jogador profissional, mas, se um dia eu precisar, terei minha formação e poderei trabalhar com que gosto.”

APOIO PROFISSIONAL

Uma das medidas adotadas pelo Goiás para reforçar o viés educacional em suas categorias de base foi incorporar em sua equipe de profissionais um responsável direto pela orientação acadêmica dos jovens. A pedagoga Mônica Fernanda dos Santos é quem coordena esse trabalho no CT Edmo Pinheiro e auxilia os jogadores em suas atividades letivas.

A profissional explica como é realizado o trabalho no dia a dia dos jovens: “Hoje, o Goiás procura oferecer uma educação de qualidade e que se adapte à rotina do futebol. Temos parcerias com escolas e universidades, que permitem aos nossos atletas ter várias ofertas para o currículo escolar. Precisamos fazer com que eles entendam a importância da educação na vida deles e, assim, criar mais de uma possibilidade para o futuro profissional. Temos cerca de 20 alunos já inseridos e cursando faculdade, além da parceria que temos com o Sesi para os meninos do Ensino Médio.”

As parcerias com a Fundação Justus e o Sesi Planalto, em Goiânia, garantem aos jogadores de base do Goiás a possibilidade dos estudos EAD, que se adaptam melhor à rotina de treinamentos, jogos e viagens do futebol. Por meio dessas ações são ofertados diversos cursos universitários e matérias escolares aos mais jovens, que participam das aulas e interagem com professores e colegas via plataformas digitais.

MODELO AMERICANO

Um dos grandes inspiradores deste projeto é o modelo esportivo dos Estados Unidos, onde os atletas se formam nas universidades em paralelo com seus cursos acadêmicos. “Fiz todos meus estudos nos EUA e vi diversos companheiros se dedicando tanto à vida acadêmica quanto aos esportes de alto rendimento. Tenho colegas que foram jogar a Liga Americana de Futebol, mas tenho colegas também que não conseguiram e foram atuar em suas áreas de formação. Por isso, enxergo o quão importante é proporcionar isso aos jogadores do Goiás”, finalizou Eduardo Pinheiro.

Marcius Azevedo

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