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Envolvidos na morte de homem carbonizado são localizados pela PM em Limeira – Notícia de Limeira – JORNAL DE LIMEIRA

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 Uma mulher que disse que tinha um flerte com a vítima foi encontrada e contou detalhes sobre o fato

 A Polícia Militar localizou duas pessoas que teriam participado da morte de Tiago dos Santos Camilo, de 40 anos, no último sábado (02) no Jardim Lagoa Nova, em Limeira. Assim como o Notícia de Limeira mostrou, o corpo da vítima foi localizado carbonizado no porta-malas de um veículo Honda Civic.

 Durante a madrugada de hoje (06) policiais militares disseram que foram procurados por um popular, que informou que o crime teria ocorrido em um bar, em razão de ciúmes e que a vítima estaria tendo um caso amoro com a companheira do dono do bar e disse ainda que um homem conhecido por “oreia”, de 35 anos, teria ajudado na remoção do corpo de Tiago.

 Os PMs iniciaram patrulhamento no Jardim Ernesto Kühl, em Limeira, e encontraram o suspeito “oreia” na Rua José Bonifácio, esquina com a Rua Oito de Março. Questionado, o homem teria confirmado as acusações. Em seguida, os policiais militares foram até a casa da suposta amante, onde a encontraram.

 À Polícia Civil, a mulher, de 32 anos, disse que reside vizinha do bar Sob Nova Direção, na Rua José Bonifácio Souza Filho, no Jardim Ernesto Kühl, que é de propriedade do acusado de ter matado Tiago e local onde teria ocorrido o disparo que atingiu a vítima. Ela disse que teve relacionamento amoroso durante 7 meses com o dono do bar, porém que ele seria agressivo e que teria terminado com ele várias vezes. No final de junho ela disse que terminou com o dono do bar, mas que ele não aceitava o fim do relacionamento e a acusava de ter outro homem.

 Ela relatou que tinha amizade com a vítima Tiago desde a adolescência e que ele costumava frequentar o Bar do Luiz, bebendo com ele, juntamente com sua prima, com o irmão de seu ex-companheiro e outras pessoas. Ela disse que o acusado e dono do bar já havia fechado o estabelecimento e que em determinado momento chamou a vítima e a jovem para dentro do bar.

 Eles foram para dentro do bar e no local teria iniciado uma breve discussão. O dono do estabelecimento teria acusado Tiago e a jovem de terem um caso e em seguida sacou uma arma dizendo que iria matar a mulher e Tiago. O homem apontou a arma na direção de Tiago, que tentou correr e inclusive teria empurrado a mulher, que caiu e machucou o joelho. Nesse momento o dono do bar teria efetuado um disparo, que acertou o peito de Tiago, que caiu.

 A jovem disse que acreditou que seu ex-companheiro e dono do bar também iria matá-la, porém um homem teria batido na porta e perguntado se estava tudo bem e que ele e outras pessoas devem ter ouvido os gritos e tiro, porém nada disseram. Ela e o seu ex-companheiro deixaram o bar e disseram que estava tudo bem, sendo que um por um, daqueles que estavam na rua bebendo, foram embora com medo do dono do bar ou de serem envolvidos no ocorrido.

 No local, permaneceram a mulher e o irmão do acusado, que tentaram convencer o dono do bar a chamar socorro médico e a polícia para que ele se entregasse, porém ele negava e exigiu que a jovem emprestasse seu carro, um Fiat Palio, pois queria fugir, já que o carro dele está quebrado. O homem teria seguido até a casa da mulher e pego seu veículo e como forma de a ameaçar, teria saído junto com o filho dela. Depois de um tempo ele teria retornado com o carro e a criança e disse que tinha ido no posto comprar álcool.

 O filho da mulher retornou para casa e nesse momento um rapaz, usuário de drogas, o “oreia”, passou ali na frente. O dono do bar chamou “oreia” para dentro do estabelecimento e ficaram conversando. Depois de um tempo o acusado saiu do bar com as chaves do veículo Honda Civic, que a vítima estava usando, e disse que era para a jovem e o irmão dele manobrarem o veículo até na frente do bar, mas eles se negaram, então o próprio acusado manobrou o carro.

 O corpo estava enrolado em um pano e a jovem teria presenciado quando o acusado e o “oreia” colocaram Tiago no porta-malas do Honda Civic, que estava parado de ré. O irmão do acusado foi embora para casa, que fica ali perto. O dono do bar teria saído com o veículo e sob ameaças mandou a jovem e o “oreia” aguardarem ali no local. Depois de um tempo o acusado teria ligado para que a jovem e “oreia” buscassem ele na rua do ecoponto do Jardim Lagoa Nova. Eles foram até o local indicado e pegaram o homem e quando a jovem perguntou, ele disse “já era, tá queimado”.

 “Oreia” foi deixado no Jardim Ernesto Kühl, onde ele mora, e o dono do bar exigiu que a jovem o levasse até o Jardim Jequitibás, onde ele tem uma residência que está fechada. Lá o homem teria pego o celular da jovem e apagado todas as mensagens que já tiveram. A mulher foi embora após deixar o acusado na casa dele. Ela relatou que não desceu do carro e que não chamou a polícia por medo e que mesmo após o ocorrido, o homem teria continuado mandando mensagens, ameaçando e chamando ela para fugir com ele, porém não disse para onde iria. Ela disse que não sabe o paradeiro do homem e que o irmão dele ficou cuidando do bar e até mandou que ela ajudasse no trabalho do bar, mas ela disse que não consegue mais entrar no local. Ela disse ainda que não teve relacionamento amoroso com Tiago, mas havia sim um certo flerte e troca de mensagens, porém como ele era casado e ela estava namorando, não chegaram a ter nenhum relacionamento físico. Informou que o dono do bar frequentemente a agredia e ameaçava, mas não registou queixa na polícia contra ele. Ela é viúva e seu primeiro marido se suicidou em 2010. Ela deixou seu celular com policiais civis e autorizou a extração de dados e mensagens para investigação.

 Já “oreia” disse à Polícia Civil que estava tomando cerveja juntamente com seus amigos, momento que a PM chegou ao local e começou a fazer perguntas sobre o homicídio ocorrido no última sábado (02). Ele disse que voltava de uma “biqueira” de drogas, após ter adquirido cocaína para seu uso pessoal, quando foi abordado pelo dono do bar. O homem teria dito a “oreia” que havia um corpo no interior do bar e que gostaria que “oreia” ajudasse a ocultar o corpo em um veículo e lhe ofereceu e pagou R$ 50,00. Ao entrar no bar, “oreia” disse que viu um corpo no chão próximo à porta do estabelecimento, envolto a um pano branco e disse que não pôde verificar nenhum ferimento, bem como não verificou nenhum sangramento ou manchas no lençol branco que cobria o corpo. Ele e o acusado colocaram o corpo no porta-malas do carro e em seguida o dono do bar saiu do local com o veículo.

 Ele disse que não conhecia o morto e que no dia do fato viu a jovem chorando do outro lado da calçada aparentando ter presenciado o crime. Após isso ele caminhou na mesma rua do bar e sentou-se debaixo de uma árvore. Alguns instantes depois a jovem teria ido até “oreia” e pedido para que ele fosse com ela pegar o dono do bar após ter queimado o veículo junto com o corpo e que após ter pego o acusado, ele foi deixado no pé da mesma árvore que estava sentado na rua do fato.

 O acusado de matar Tiago continua foragido. Após os depoimentos da mulher e do homem, eles foram liberados. A Polícia Civil segue investigando para tentar localizar o principal suspeito do crime. (Cauê Pixitelli)

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