Que grande fidelidade, hein torcedor pontepretano!
Bastaram 24 horas para que a torcida pontepretana esgotasse os 800 ingressos colocados à disposição, visando ao jogo em Rio Claro
Que a fanática torcida da Ponte Preta anunciaria o ‘ar da graça’ naquela simpática cidade, creio que a Campinas desportiva não tinha dúvida.
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Por: ARIOVALDO IZAC – –, 12/01/2023
Torcida da Ponte Preta apoia time. Foto: Álvaro Jr – AAPP
Campinas, SP, 11 (AFI) – Aí dou uma fuçada no vasto informativo do portal Futebol Interior e deparo-me com a notícia de que bastaram 24 horas para que a torcida pontepretana esgotasse os 800 ingressos colocados à disposição, visando ao jogo do próximo sábado em Rio Claro, a partir das 15h30, contra o Velo Clube.
Que a fanática torcida da Ponte Preta anunciaria o ‘ar da graça’ naquela simpática cidade, creio que a Campinas desportiva não tinha dúvida.
Todavia, o reflexo disso foi acordar torcedores do time mandante, que agora mudam de postura em relação a jogos no Estádio Benitão.
Se no ano passado o público anunciado sequer superava mil pagantes, desta vez contraria previsões e já ultrapassa essa marca.
Embora a diretoria pontepretana tenha pedido aumento da carga de ingressos – e sabe-se que alguns vão comprá-los de última hora nas bilheterias do Benitão -, minha aposta de maioria dos visitantes para este jogo de sábado não deve se confirmar, Vai prevalecer o velo rioclarense.
ZÉ DO PITO
O assunto grandes caravanas de pontepretanos por esse interior afora obrigatoriamente nos remete à década de 60, quando o clube disputava acesso à divisão principal do futebol paulista.
Foi a época que a Ponte Preta teve no saudoso José Bertazolli, o Zé do Pito, o fiel representante de seus torcedores, ora como diretor social, ora como ‘diretor sem pasta’.
Aquela postura de grande líder seria para incendiar a torcida pontepretana em memoráveis caravanas.
Logo, natural que lembrasse uma coluna que produzi no dia dois de fevereiro de 2013.
CAMINHÃO
Naquela década de 60, sem que eu possa precisar o ano, a Ponte faria jogo importante em Bragança Paulista, contra o Bragantino, ocasião que Zé do Pito ficou enraivecido porque empresários do transporte não cederam ônibus à caravana.
Como também não havia possibilidade de locomoção através de trem, o jeito foi requisitar caminhões para que a Ponte Preta tivesse representatividade na arquibancada do então Estádio Marcelo Stefani através de sua torcida, hoje chamado de Nabi Chedid.
Foi quando Zé do Pito bradou: ‘Quem for pontepretano que siga-me!’.
Sem que houvesse proibição de transporte de pessoas na carroceria do veículo, uma multidão acatou o clamor de Zé do Pito e a cidade de Bragança Paulista ficou perplexa com aquele flagrante.
DIMARZIO
No início da década passada, parecia que o espaço deixado por Zé do Pito seria ocupado pelo também falante diretor social Giovanni Dimarzio, que habilmente conclamava a torcida para carregar o time no colo.
Bastava ele falar de caravanas para que a resposta fosse sintomática, principalmente porque conseguia condições satisfatórias, de baixo custo.
Pra refrescar a sua memória, pontepretano, Dimarzio surpreendeu com abertura de cem ônibus gratuitos para Mogi Mirim, em outra situação que também não me recordo o ano.
ARGENTINA
A capacidade de persuasão de Dimarzio implicou naquele deslocamento de aproximadamente quatro mil torcedores pontepretanos à Argentina, na final da Copa Sul-Americana contra o Lanús, em 2013.
Seja como for, independentemente de um líder para o comando de grandes caravanas, a certeza é que o pontepretano vai representar o seu clube por esse ‘interiorzão’ neste começo de 2023.