Eficiência nas chances resultam em goleada do Guarani
Placar elástico, como este, massageia o ego do torcedor e enche de confiança o elenco para a sequência da competição.
Placar elástico, como este, massageia o ego do torcedor e enche de confiança o elenco para a sequência da competição.
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Por: ARIOVALDO IZAC – –, 03/09/2022
Foto: Luciano Claudino/Especial para Guarani FC
Campinas, SP, 03 (AFI) – Geralmente uma vitória clássica por 3 a 0, como ocorreu com o Guarani sobre o Sampaio Corrêa, sugere superioridade absoluta, prática de futebol irreparável e mudança radical de rumo nesta Série B do Campeonato Brasileiro.
Placar elástico, como este, massageia o ego do torcedor e enche de confiança o elenco para a sequência da competição.
Entretanto, cabe ao analista colocar com clareza que o Guarani pautou pela eficiência nas raras vezes que rondou pra valer a área do time maranhense.
Não será exagero atribuir 100% de aproveitamento das três reais chances de gols criadas ao longo da partida, porque exceto elas, o goleiro Matheus Inácio, do Sampaio Corrêa, só praticou defesa um chute de bola defensável do atacante Edson Carioca, aos 40 minutos do segundo tempo.
Evidente que progressos foram identificados no time bugrino.
Observa-se que o treinador Mozart Santos incultiu na boleirada a essência de posse de bola, mesmo com toques curtos e ainda pecando pela lentidão.
Foi esse o caminho que o então treinador bugrino Thiago Carpini encontrou para iniciar processo de estabilização da equipe quando esteve no Estádio Brinco de Ouro.
Recomposição defensiva com preenchimento de espaços para evitar penetração de adversários foi outro ganho, além de conscientizar o lateral-esquerdo Jamerson que seria mais últil à equipe ao buscar o fundo de campo para cruzamento, de que entrar por dentro.
E fazendo jogada de fundo Jamerson colocou mais uma vez a bola na cabeça do centroavante Yuri Tanque, que ganhou a disputa com o zagueiro Paulo Sérgio e marcou o gol bugrino aos sete minutos do segundo tempo, situação que desanuviaria o torcedor bugrino, visto que, até então, o time havia chegado uma vez contra o gol adversário, em pênalti convertido pelo meia Giovanni Augusto, aos 22 minutos.
A rigor, um lance polêmico, pois na disputa com Yuri Tanque, o zagueiro Alan Godoy estava de costas para o lance, porém com braço aberto.
A princípio o árbitro paranaense José Mendonça da Silva Júnior havia interpretado como lance normal, mas provocado pelo VAR para revisão, interpretou como pênalti.
Se o Guarani foi certeiro nas chances que teve, o Sampaio as desperdiçou.
Aos 33 minutos do primeiro tempo, após tabelar com Renatinho, Ygor Catatau chutou a bola para fora.
Aos 44 minutos, Renatinho, livre, cabeceou para fora.
GOL ANULADO
O Sampaio chegou a comemorar gol bonito num tirambaço de Lucas Araújo de fora da área, após bola rebatida, aos 19 minutos do segundo tempo.
Desta vez, acertadamente, o árbitro José Mendonça invalidou o gol, pois no nascedouro da jogada o atacante Gabriel Poveda estava impedido.
Lance semelhante ocorreu no jogo do Guarani contra o Tombense, com Edson Carioca impedido, mas o árbitro interpretou como sequência da jogada e validou o gol.
E quando o Sampaio havia se lançado ao ataque em busca do gol de honra, o Guarani chegou à sua terceira marca através do atacante Bruno José, em contra-ataque organizado pelo lado direito, aos 26 minutos.
RISCO DE REBAIXAMENTO?
Nesta vitória, o que se pergunta é se o time teria atingido estágio para se projetar com segurança afastamento do risco de rebaixamento?
A resposta isenta é: ainda não. Os dois próximos jogos serão contra adversários encrencados e na condição de visitante.
Na terça-feira, às 21h30, o jogo será contra o Vila Nova. No sábado, às 19h, a parada vai ser diante do Operário.
Evidente que sequência de vitórias servem para restabelecer confiança ao grupo de jogadores, mas está claro que falta mais contundência ofensiva para o Guarani.