A Sala da Funsat na Casa da Mulher Brasileira (CMB) é hoje uma das principais portas de entrada para mulheres em situação de vulnerabilidade que buscam retomar suas vidas com dignidade, autonomia e oportunidades reais de emprego. O espaço em funcionamento há dez anos oferece acolhimento, escuta qualificada, orientação profissional e acesso a toda a cartela de serviços da Fundação Social do Trabalho, funcionando como um elo seguro entre essas mulheres e o mercado de trabalho.
Além disso, dentro da própria CMB, a Sala de Autonomia Financeira oferece suporte para que essas mulheres compreendam e acessem seus direitos sociais e trabalhistas. Muitas vezes, são pessoas que não recebem nenhum tipo de benefício e encontram nesse atendimento o ponto de partida para uma vida independente e longe da dependência do agressor.
“É de extrema importância termos, dentro da Casa da Mulher Brasileira, um posto estratégico da Funsat voltado para o atendimento às mulheres que vivenciam situações de violência. Esse espaço representa mais do que um serviço: é um caminho de acolhimento, dignidade e autonomia financeira”, explica a diretora Catyuce Thays Silva de Lima, responsável por projetos como o Observatório do Mercado de Trabalho e o Avançar Empreendedor.
A metodologia adotada pela equipe atua em “busca ativa”, ou seja, as agentes da Funsat acompanham cada mulher de forma personalizada, de acordo com seu perfil e momento de vida, garantindo uma recolocação profissional segura e consciente.
“Fazemos o acompanhamento dessas mulheres por até mais de três meses, que seria o tempo do protocolo das diretrizes da CMB. Porque, pra nós, há um objetivo de ajudar no processo de inclusão, realidade que só terá uma sustentabilidade havendo o emprego na vida dela. Entretanto, essa colocação no Mercado precisa atender o momento de reconstrução que a nossa encaminhada passa, de forma que não a exponha”, relata a servidora Jucimara da Silva, que atua no local desde 2015.
A colega de atendimento, Sirara Nascimento Vilalba, complementa:”antes do encaminhamento, da entrevista, sabemos tudo que envolve a vaga, o ambiente e as perspectivas do trabalho. Tudo para que possamos transmitir, da maneira mais completa, as informações para as nossas assistidas tomem a melhor decisão. Queremos que o emprego seja um instrumento de mudança e caminhada a um futuro digno a elas.”
Esse trabalho estruturado impacta diretamente a reconstrução de vidas. “Todo caso é um desafio e há algumas mulheres que realmente marcam, pela forma que chegam até nós. Todavia, no processo de levantamento, não apenas colhemos dados, mas criamos com elas um certo vínculo. O que gera, depois, uma satisfação enorme quando tudo dá certo, na conquista de uma independência e superação a traumas. Inclusão e empregabilidade que ressignificam histórias”, destaca Jucimara.
A Sala da Funsat também atua como ponte para programas estruturantes, como o PRIMT – Programa de Inclusão no Mercado de Trabalho, que possui cotas específicas para mulheres acolhidas pela CMB.
Esse conjunto de ações integra as políticas públicas da Prefeitura de Campo Grande, que tem apostado em capacitação profissional, fomento ao empreendedorismo feminino e geração de renda como estratégias de enfrentamento à violência e promoção da equidade.
Entre os destaques estão os cursos oferecidos pelo programa federal Mulheres Mil, com execução municipal e turmas em bairros da Capital; os projetos da Sala da Mulher Empreendedora, voltados à formalização de negócios e consultorias; além das ações conjuntas da Funsat com a Secretaria Municipal da Mulher (Semu), como eventos de recrutamento específicos para o público feminino.
“A Funsat é uma ponte, trabalhamos para ser uma travessia positiva na história de quem nos procura, principalmente das mulheres que, cada vez mais, brilham no universo profissional. Fenômeno que em Campo Grande há total incentivo do Executivo local”, destaca o Diretor-Presidente da Fundação, João Henrique Lima Bezerra, que ressalta o protagonismo feminino também dentro da equipe gestora da pasta.
Para a diretora de Vagas e Emprego, Denize Morais, o diferencial está na escuta humanizada. “Nosso foco não são números, são vidas. Por isso, todo resgate, todo atendimento tem muito valor, noções que estão muito claras aos nossos agentes que recebem mulheres que nos procuram nesses postos avançados.”
A agente Sinara Vilalba reforça que “é um sistema, um conjunto de ações dedicadas a tornar a mulher mais segura, confiante e preparada para construir sua própria história. Metodologia que torna a nossa CMB uma referência nacional”.
Para mais informações sobre os atendimentos:
Sala da Funsat na CMB: (67) 2020-1300
Posto na Semu: (67) 98131-7879
Sede da Funsat: (67) 4042-0585
Acesse mais do assunto nos perfis institucionais no Instagram, com o @funsat.cg e no Facebook, o “Funsatcampograndems.
#ParaTodosVerem As imagens mostram a Sala da Funsat na CBM e espaços integrados entre a Semu e Funsat.