A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad-MG) promoveu o Workshop do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC), ferramenta que classifica os municípios do estado segundo sua sensibilidade, exposição e capacidade de adaptação às mudanças do clima.
O evento reuniu na quarta-feira (7/8), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, gestores públicos e especialistas para discutir os impactos das mudanças climáticas nos municípios mineiros e como o índice pode subsidiar ações de adaptação e mitigação.
Desenvolvido em parceria com o governo da França e atualizado em 2024, o IMVC avalia o grau de vulnerabilidade dos 853 municípios mineiros a partir de três dimensões: sensibilidade, exposição e capacidade de adaptação às mudanças climáticas.
A ferramenta integra análises de sistemas naturais e socioeconômicos, oferecendo um panorama preciso das regiões mais suscetíveis aos efeitos do clima.
Durante o evento, a superintendente de Qualidade Ambiental e Mudanças Climáticas da Semad, Renata Araújo, ressaltou a importância do IMVC como base para a formulação de políticas públicas mais eficientes.
“A metodologia permite identificar municípios com extrema sensibilidade, alta exposição e baixa capacidade de adaptação. Com isso, conseguimos classificá-los em níveis de vulnerabilidade — de baixo a muito alto — e oferecer suporte técnico adequado às realidades locais”, afirmou.
Destinado a gestores estaduais e municipais, o workshop reforçou o papel estratégico da administração pública no enfrentamento à crise climática.
“Nosso objetivo é que os gestores compreendam a estrutura do índice, desenvolvido com dados e fontes confiáveis. Conhecer essa ferramenta é essencial para fortalecer a resiliência climática de Minas”, completou a superintendente.
Novas edições
Em razão da alta demanda por vagas, a Semad anunciou que novas edições do workshop devem ser promovidas ainda este ano. A ampliação da iniciativa reforça o posicionamento do estado diante da realização da COP30, que ocorrerá no Brasil, em novembro.
Outra novidade apresentada foi a futura inclusão do conteúdo do IMVC na plataforma Trilhas do Saber, por meio de um curso aberto ao público. A proposta busca democratizar o acesso à metodologia e aos dados do índice, permitindo que qualquer cidadão compreenda seu funcionamento e importância no planejamento territorial.
Sobre o IMVC
O Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática é estruturado a partir de três pilares fundamentais:
• Sensibilidade: avalia o grau em que sistemas naturais e sociais são afetados pelas mudanças climáticas.
• Exposição: mede a intensidade, frequência e abrangência das variações climáticas que incidem sobre o município.
• Capacidade de adaptação: analisa a habilidade dos sistemas em responder e se ajustar aos impactos do clima, reduzindo danos e aproveitando oportunidades.