A Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais, realiza uma força-tarefa de combate à dengue no distrito de Anhanduí. A ação, iniciada na quarta-feira (14) e que segue nesta quinta-feira (15), mobiliza agentes de combate a endemias em visitas domiciliares que unem prevenção, orientação e eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Com a meta de vistoriar 1.054 imóveis distribuídos em 63 quarteirões, a força-tarefa já percorreu 1.324 residências, nas quais foram identificados 180 focos do mosquito. Ao todo, foram inspecionados 2.481 depósitos, sendo 1.987 eliminados e 11 tratados com larvicida. A ação contou, ao longo dos dois dias, com uma média de 28 a 37 agentes, que atuaram diretamente em campo fiscalizando calhas, vasos de plantas, caixas d’água, pneus e quaisquer recipientes que pudessem acumular água.
A superintendente de Vigilância em Saúde e Ambiental da SESAU, Veruska Lahdo, ressalta que cada visita representa um cuidado direto com o morador. “Cada lar visitado é uma oportunidade de orientar, ouvir e proteger. O combate à dengue começa dentro de casa, com atitudes simples, mas que salvam vidas. Nossos agentes não vão apenas com produtos ou formulários, eles levam informação e acolhimento”, destaca.
Para a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, o trabalho preventivo reforça o compromisso da gestão com a saúde pública. “Estamos enfrentando um cenário desafiador, com aumento dos casos de arboviroses em todo o país. Em Campo Grande, embora a situação não apresente sinais de epidemia, temos feito um trabalho intenso, de vigilância ativa e resposta rápida. E isso só é possível graças à dedicação dos nossos profissionais e à parceria com a comunidade.”
O coordenador de combate a endemias vetoriais da SESAU, Vagner Ricardo dos Santos, explica que o planejamento da ação foi estratégico. “Nós mapeamos a área, organizamos as rotas e reforçamos as equipes para garantir que nenhuma casa fique sem visita. O morador tem papel fundamental nesse processo, recebendo bem os agentes e mantendo seu quintal limpo. A dengue não escolhe endereço, mas a prevenção começa no nosso próprio terreno.”
Além das inspeções, os moradores também receberam orientações educativas e materiais informativos com dicas sobre prevenção e sinais de alerta das arboviroses. A mobilização continua nos próximos dias, com ações complementares para reforçar a cobertura da área e manter a vigilância ativa na região rural de Anhanduí.
Boletim Epidemiológico
De acordo com o Informe Semanal nº 156 da Sala de Situação de Arboviroses, referente à Semana Epidemiológica 19 (de 04 a 10 de maio), Campo Grande registrou 2.439 notificações de dengue, sem casos graves, internações ou óbitos confirmados, mas com um óbito ainda em investigação. Não houve registro de casos de zika no período. Em relação à chikungunya, foram confirmados 25 casos, sem óbitos. A taxa de incidência geral está em 264,27 casos por 100 mil habitantes.
O boletim também aponta bairros com risco muito alto, como Cabreúva, Centro, Tarumã, Coophavilla II, Jardim dos Estados, Cruzeiro, Guanandi e Batistão. No mesmo período, as equipes de campo utilizaram 113,9 litros de inseticida e vistoriaram 8.619 imóveis, sendo 56 com focos do mosquito. A assistência à população somou 80 atendimentos na atenção básica e 301 atendimentos nas unidades de urgência.
#ParaTodosVerem As imagens de capa e internas mostram a ação realizada no Distrito de Anhanduí.