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Prefeita Adriane reforça papel de Campo Grande na transformação logística da Rota Bioceânica em Encontro Internacional – CGNotícias

Autoridades dos governos brasileiro, paraguaio, argentino e chileno; dos municípios e governos regionais que são abrangidos pelo Corredor Bioceânico, estão reunidos desde esta terça-feira (18) até quinta-feira (20) em Campo Grande-MS, para discutir as oportunidades e desafios que a Rota vai trazer para os países. Este é o maior encontro já realizado entre entidades públicas, empresários e demais interessados da sociedade civil, para discutir o traçado, que promete ser o novo Canal do Panamá.

O Corredor Bioceânico é um projeto econômico, produtivo e logístico que vai conectar o Centro-Oeste brasileiro aos portos do norte chileno, fazendo de Campo Grande um importante hub de produtos para o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile; reduzindo distâncias, tempo e custo, com o acesso via Pacífico, aos principais consumidores de commodities do mundo e também aos grandes polos de tecnologia da Ásia e da América do Norte.

Neste primeiro dia do Seminário Internacional da Rota Bioceânica, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, que é a presidente do Comitê Gestor de Municípios da Rota Bioceânica, falou sobre o trabalho realizado nos últimos anos para efetivar o traçado. “Nós conseguimos colocar Campo Grande como capital dessa rota, estabelecemos uma governança entre as 24 cidades que vão compor a Rota Bioceânica, e hoje, aqui em Campo Grande, nós estamos recepcionando o maior evento na municipalidade que já aconteceu em todos os anos históricos onde se discute a Rota Bioceânica. Esse projeto é um projeto de futuro, um projeto de desenvolvimento para a nossa capital, para o nosso estado e para as 24 cidades”, disse a prefeita de Campo Grande, que recepcionou no Centro de Convenções, os demais prefeitos que integram o comitê da Rota.

O município de Campo Grande preside o Comitê Gestor de Municípios da Rota Bioceânica e, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), participa do Seminário Internacional da Rota Bioceânica e do 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico. O município está com um estande montado no Centro de Convenções Arq. Rubens Gil de Camillo, onde acontece a iniciativa e também organizou a reunião com os prefeitos das cidades que compõem a rota.  

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, contou que foram mais de 1.600 inscritos, entre brasileiros e estrangeiros (22 países). “Nós estamos preocupados com todos os impactos que a rota vai causar nas nossas economias, ela se tornou um assunto global. Recentemente muitos viram as discussões em relação ao canal do Panamá. Os senhores podem ter certeza que as empresas do mundo, principalmente, o mercado asiático, olharam diferente para a Rota Bioceânica, que provavelmente será a grande alternativa competitiva ao Canal do Panamá. Então, esse movimento, até o momento, é um movimento que está colocando a rota numa posição estratégica ainda mais importante. O fato é que o Mato Grosso do Sul será efetivamente a entrada dos produtos e a saída dos produtos a partir do Brasil. Essa é a rota que tem a maior possibilidade, no curto prazo, de fazer o processo de integração latino-americano, de todas as rotas previstas”, disse.

O Corredor promete transformar a logística global, trazendo uma série de benefícios econômicos e operacionais para os países envolvidos. Sua implementação proporcionará redução de custos e tempo de transporte, diminuindo custos logísticos e aumentará a competitividade do comércio internacional. Também haverá estímulo à circulação de cargas e passageiros – escoamento da produção e movimentação de pessoas, beneficiando setores como comércio, serviços, turismo e agroindústria.

A integração produtiva fomentará parcerias produtivas e projetos de integração, além de otimizar processos aduaneiros e facilitar a cooperação entre os países. A conexão logística entre Brasil, Argentina, Chile e Paraguai fortalecerá as economias locais e promoverá transferência de tecnologia, cooperação internacional e governança compartilhada, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e integrar mais efetivamente os países do Corredor, sendo um marco para a integração regional, trazendo novas oportunidades de desenvolvimento e crescimento para os países da América do Sul e para o comércio global.