O Complexo Hospitalar de Mangabeira (CHM) tem desenvolvido estratégias de cuidado humanizado para os pacientes internos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e na enfermaria de clínica médica. O objetivo da unidade de saúde da Prefeitura de João Pessoa é reduzir as complicações clínicas causadas pelo estresse da internação, bem como diminuir o tempo de internação.
Estão sendo realizadas atividades com música, filmes e desenhos, passeio pelos jardins e áreas de convivência do hospital de dia e de noite, banho de sol, realização de fisioterapia na área externa. O projeto é encabeçado pela equipe de Fisioterapia da unidade, mas conta com a participação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e psicólogos.
O projeto surgiu através da equipe da Fisioterapia da UTI ao buscar meios de melhorar as condições clínicas do paciente e que fossem além do que já era feito rotineiramente.
“O trabalho do fisioterapeuta na UTI consiste basicamente no gerenciamento da ventilação mecânica, na reabilitação e atenuação das perdas de funcionalidades, todavia, na promoção de tratamento humanizado se faz necessário considerar os fatores biopsicossociais do paciente que, por sua vez, podem interferir diretamente no processo de hospitalização. Dessa forma, implantamos a rotina de trabalhar com a equipe multiprofissional o tratamento integral do paciente objetivando reduzir complicações clínicas causadas pelo estresse da internação”, explica a diretora de cuidados do CHM, Rosa Cristina.
A utilização de estratégias no cuidado humanizado contribui na satisfação do paciente, trabalha a orientação, uma vez que casos de desorientação são comuns em pacientes de internação prolongada, seja em UTI ou em enfermaria clínica, além de facilitar a adesão do paciente ao tratamento proposto.
“Ter a possibilidade de desenvolver esse trabalho é gratificante, pois temos a certeza de que estamos acolhendo nossos pacientes de uma forma ampla e prestando uma assistência de qualidade. E isso reflete no envolvimento do próprio usuário, que chama a equipe e pergunta quando vai novamente, que encoraja o paciente do leito ao lado, além de reforçar a motivação desse paciente para o seu processo de cura, de querer cada vez mais ficar melhor e, muitas vezes, sair de um quadro de tristeza, além dele se motivar a cada dia ao enxergarem cada melhora”, destaca Arabella Granjeiro, gerente de Fisioterapia da UTI do CHM.
A cada atividade o paciente é acompanhado pela equipe multiprofissional necessária para aquele momento e de acordo com o quadro clínico. As estratégias são desenvolvidas com pacientes da UTI e seguem acontecendo quando recebem alta e vão para a enfermaria de clínica médica.
Fisioterapia hospitalar – No CHM, a equipe de Fisioterapia atende pacientes das mais diversas áreas, seja clínica, ortopédica ou da Unidade de Terapia Intensiva, realizando tratamentos para reabilitação das funcionalidades físicas e/ou respiratória. A necessidade da fisioterapia vai depender do quadro clínico de cada paciente após análise da equipe.
Em 2024, no CHM, foram realizados 37.430 atendimentos de fisioterapia. Em 2025, já são mais de 760 atendimentos realizados apenas na UTI do hospital pela equipe.