A Fundação Ezequiel Dias (Funed) concluiu uma etapa no processo de implantação do ensaio laboratorial de migração total em embalagens para alimentos. O objetivo desse ensaio é mensurar a transferência de determinadas substâncias utilizadas no processo de fabricação das embalagens para os alimentos, substâncias que podem ser nocivas e gerar efeitos hepatotóxicos, carcinogênicos ou congênitos.
Atualmente, o Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo, oferta análise de controle, na etapa de registro, para empresas, mas não efetua monitoramento após o produto ser inserido no mercado.
Com a inclusão desse ensaio no portfólio do Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen-MG), a Funed será pioneira no monitoramento de análise de Migração Total em embalagens que tenham contato com alimentos.
A proposta de implementação desse ensaio é uma parceria entre os serviços de Análise de Rotulagem (Sarot) e de Química Especializada (SQE) da Funed e é voltado para a proteção à saúde do consumidor, uma vez que é crescente a diversidade de embalagens utilizadas para contato direto com alimentos, tornando importante este monitoramento.
Visita ao Adolfo Lutz
Entre os dias 25 e 27/6, a equipe técnica que desenvolve o projeto na Funed, esteve no IAL para aprimorar a técnica de implementação já iniciada nos laboratórios do Lacen-MG.
“O treinamento foi importante para consolidar as ações de implementação iniciadas pela Diom e, certamente, a troca de experiências irá render frutos muito promissores, visto que a equipe do IAL elogiou o trabalho desenvolvido por nossa equipe até aqui. Isso nos deixa seguros em afirmar que estamos no caminho certo”, ressalta Valéria Vieira.
Ela foi ao Adolfo Lutz junto com os também analistas Daniella Guimarães e Fabiano Silva. Eles explicam que, na técnica, são utilizadas embalagens simulantes, que irão se comportar como os alimentos em contato com a embalagem, considerando a condição de tempo e a temperatura de contato.
“As normas sanitárias estabelecem limites de migração total em embalagens como isopor, plásticos e filtro de papel. A intenção dessas análises é verificar se o quantitativo migrado para os alimentos está dentro dos limites estabelecidos pela legislação”, ressalta Daniella Guimarães.
Ainda segundo a equipe, a ida a São Paulo contribuiu para consolidar os trabalhos já iniciados na Funed, que se encontram em fase de implementação. A previsão é que os ensaios estejam aptos a serem oferecidos para a Vigilância Sanitária até o segundo semestre de 2025.