A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) abre, na próxima segunda-feira (1º), às 16h, no Parque Cultural Casa da Pólvora, a exposição ‘Memórias de São João’. A mostra tem curadoria de Augusto Moraes e envolve mais de dez artistas com trabalhos ligados às raízes nordestinas e paraibanas. A exposição fica aberta à visitação até 20 de julho.
“Essa exposição tem um aspecto de uma força simbólica muito importante para nós. O Augusto está conseguindo integrar e incluir variados artistas em torno de um tema que é a questão da memória e das lembranças de cenas do São João. Isso é muito importante”, inicia o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
Ele ressalta que a Prefeitura de João Pessoa realizou um belíssimo projeto de São João Multicultural, deixando, na cidade, a partir da Casa da Pólvora, uma lembrança e um documento imagético, de memória muito importante.
“Nós valorizamos nossas identidades, nossos artistas locais e nacionais em torno desse tema. Só tenho a agradecer ao Augusto Moraes e convido o público que frequente, nos próximos dias, o ambiente da Casa da Pólvora para degustar um pouquinho da memória do nosso São João”, acrescenta o diretor.
Entre os artistas que participam da exposição estão Babá Santana, Geo Oliveira, Dadá Venceslau, Célia Gondim, Patrícia Lucena, Letícia Lucena, José Filipe, Rodrigues Lima, Laucilene Rocha, Manezinho Araújo e Jorge Sales.
O curador Augusto Moraes observa que a arte popular brasileira é multifacetada pelos mais variados costumes das regiões e que a sensibilidade humana, com suas variadas matrizes, faz parte de um grandioso legado, herdado de geração em geração, que contribuiu para a solidificação da arte popular brasileira.
Entre os artistas que fizeram história na arte, Moraes cita o mineiro Aleijadinho; os pernambucanos, mestres Vitalino, Nuca e Manuel Eudócio; o mestre Dezinho, no Piauí; Manoel Graciliano, Ciça e Nino, no Ceará; Tota, Paulina Diniz e Miguel dos Santos, na Paraíba.
Conforme o curador, a pintura Naif tem ganhado impulso em todo o país. “Representada por uma pintura de traços ingênuos, a classificação designa artistas autodidatas que inventam um jeito pessoal de expressar suas emoções. A Paraíba é um fecundo celeiro da cultura popular. Também por aqui, somos agraciados por numerosos artistas e pintores naifs”, completa.