João Paulo Sardinha
Fundação Cultural Cassiano Ricardo
*Colaborou a estagiária Walquíria Teodoro
O Barbatuques, um dos grupos de percussão corporal mais importantes do país, chega a São José dos Campos neste sábado (18) para oferecer uma oficina musical que vai acontecer no Galpão Altino, das 10h às 12h.
A oficina “Vivência Barbatuques” é gratuita e conta com 50 vagas. As inscrições podem ser feitas pelo aplicativo São José Viva até a próxima sexta-feira (17).
A classificação indicativa é a partir de 16 anos.
A dupla de oficineiros terá Luciana Cestari e João Simão, integrantes do grupo.
A oficina tem uma proposta pedagógica baseada na utilização do corpo como instrumento musical. De forma prática e coletiva, proporciona aos participantes a exploração e descoberta dos inúmeros sons produzidos pelo corpo: palmas, estalos, batidas, sapateados, recursos vocais entre outros; e a utilização deles na produção de ritmos e melodias.
Confira o cronograma da oficina abaixo.
Saiba mais
As oficinas Barbatuques acontecem desde 1995, com grupos formados por adultos e crianças, em várias partes do Brasil e também no exterior. Escolas, empresas, ONGs, corais, espaços culturais e grupos artísticos das mais variadas áreas já vivenciaram esse trabalho (como o elenco do espetáculo Saltimbanco do Cirque de Soleil).
O corpo humano pode ser considerado nosso primeiro instrumento musical. Temos nele, desde o início, a presença do ritmo como a batida do coração, a respiração e o caminhar. São processos que envolvem regularidade, repetição e que trazem referências rítmicas.
Não é à toa que no vocabulário musical são utilizadas as palavras pulsação e andamento.
A criança explora ludicamente os sons do corpo e dos objetos ao seu redor, o adulto também utiliza sons corporais em seu cotidiano para se comunicar ou fazer música.
As oficinas Barbatuques resgatam esta percepção e o momento infantil de brincar sonoramente com o corpo, revivendo sons familiares e gerando novos sons para nosso repertório.
Pesquisando os sons produzidos pelo corpo, entramos em contato com nossas características e sotaques. Cada pessoa tem um corpo diferente, com tamanho e dimensões individuais, timbre de voz, facilidade para produzir certos sons e dificuldades com outros.
A prática em grupo nas oficinas Barbatuques promove a convivência entre esses diferentes corpos sonoros e intenções que se chocam e se complementam. Ouvindo o colega, o participante exercita o diálogo musical, a cooperação e a concentração.
Cronograma
- Aquecimento: preparação corporal para atividade com alongamentos, movimentos, respirações, vocalizações e exercícios que trabalham a percepção, o olhar e o andar.
- Coordenação motora: exercícios de independência rítmica, trabalhando a coordenação entre pés, mãos e voz.
- Repertório de sons corporais: tipos de palmas (grave, estrela, estalada, flecha etc.), estalos de dedo, sapateados, vácuos de boca, estalos de língua, batidas no peito e bochecha, percussão vocal, assobios, sopros, línguas fictícias, sonoplastia corporal.
- Montagem de ritmos: adaptação de ritmos para o universo da percussão corporal. Os ritmos brasileiros (samba, baião, maracatu, afoxé, etc.) são trabalhados com prioridade, além dos ritmos de etnias diversas: funk, rock, salsa, reggae, música árabe, africana, mediterrânea, latina, indígena, etc. Os ritmos são trabalhados individualmente e em naipes (grupos), a criação é estimulada.
- Jogos: exercícios que trabalham atenção, reflexo, memorização e relacionam sons com movimentos (flechas, relógio, sequência linear).
- Improvisações: exercícios de criação e composição utilizando os sons e ritmos estudados. São voltados para aplicação e sintetização do conteúdo aprendido, estimulando a expressão individual nessa linguagem. Visa ainda o desenvolvimento da percepção, o senso de escuta dentro de um grupo e a prática de produzir música coletivamente (sequência minimal, maestro, ecos, naipes, contágio livre).
Serviço
Sábado (18) – 10h às 12h
“Vivência Barbatuques”
Galpão Altino Bondesan
Av. Olívio Gomes, 100 – Parque da Cidade – Santana
MAIS NOTÍCIAS
Fundação Cultural Cassiano Ricardo