Deschamps elogia força mental e espírito coletivo da França
“Foi difícil, mas estou muito orgulhoso deste nosso grupo de jogadores”, disse o técnico francês na entrevista coletiva logo após o jogo.
“Quando a qualidade não basta para superar o adversário, há a força mental e um senso coletivo, mesmo entre os mais jovens”
Categorias: Futebol Mundo
Por: Agência Estado, 10/12/2022
Deschamps: ‘Muito orgulho do time da França’
Doha, Catar, 10 – Campeão mundial em 2018 na direção da França, o técnico Didier Deschamps ainda não tinha passado tanto sufoco em um jogo no Catar quanto sofreu diante da Inglaterra nesta sábado, pelas quartas de final. Foi suada e tensa a classificação às semifinais. Após levar a melhor no jogo mais atrativo da competição até então, por 2 a 1, o treinador não poupou elogios ‘à força mental e o espírito coletivo’ de sua seleção.
“Foi difícil, mas estou muito orgulhoso deste nosso grupo de jogadores”, disse o técnico francês na entrevista após o jogo. “Quando a qualidade não basta para superar o adversário, há a força mental e um senso coletivo, mesmo entre os jogadores mais jovens”, elogiou. A França passou aperto por vezes em campo e ainda viu Harry Kane ter a chance de empatar no fim em cobrança de pênalti por cima do travessão. Na avaliação do treinador, as estatísticas não foram as habituais por virtude da Inglaterra, uma oponente à altura da bicampeã do mundo. “A Inglaterra tem uma equipe forte na marcação e não permitiu que concretizássemos todo o nosso plano de jogo”, diagnosticou. “Mas, apesar disso, soubemos criar situações para marcar gols e por isso vencemos.”
MAIS DEFENSIVADeschamps explicou que para se prevenir de riscos maiores, a França procurou manter a postura mais defensiva, durante boa parte do jogo, em vez de lançar-se com tudo ao ataque. “Este time da Inglaterra pode causar danos aos adversários, por isso tivemos que nos concentrar na marcação do time deles.”
Satisfeito com a classificação, o experiente técnico evitou pular etapas e falar sobre uma possível disputa do título com Argentina ou Croácia. Mesmo com sua seleção favorita na semifinal, optou por pregar total respeito a Marrocos, adversário de quarta-feira. “Ninguém imaginava que eles estivessem na semifinal e, agora, podem jogar uma final, como a gente”, ressaltou, sem esconder que “todo cuidado é pouco” contra a sensação e grande surpresa da Copa.
Fernando Valeika de Barros, especial para AE